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País do continente africano, Mali limita-se com a Mauritânia e Senegal (a oeste), Argélia (ao norte e a leste), Níger (a leste), Burkina Faso (a sudeste), Costa do Marfim (ao sul) e Guiné (a sudoeste). O país não possui saída para o mar e tem sua porção norte coberta pelo deserto do Saara, região habitada por tribos nômades tuaregues, e que teve seu domínio durante os séculos XIII e XIV. Mali é uma ex-colônia francesa, o idioma oficial (francês) é uma das consequências desse processo de colonização. A independência nacional foi conquistada no dia 22 de setembro de 1960.
Na antiguidade, o território do atual Mali foi sede de três grandes impérios da África Ocidental, que controlava o comércio do sal, do ouro, matérias-primas e outros bens preciosos. Estes reinos careciam tanto de fronteiras geopolíticas como de identidades étnicas. O primeiro destes impérios foi o Império Gana, fundada pelo povo soninke, que falavam línguas mandês. O Império Mali formou-se logo então na parte superior do Rio Níger e chegou a sua força máxima durante o século XIV. Sob o reinado do Império do Mali, as antigas cidades de Djenné e Timbuktu foram importantes centros comerciais e islâmicos. O reinado acabou como resultado de conflitos internos.
Ao final do século XIV, o Império Songhai ganhou a independência do Império do Mali. De 1898 a 1960, período de tempo em que foi uma colônia francesa, o Mali foi conhecido por Sudão Francês, adotando a nova designação por alturas da independência, em homenagem ao império Mali que existiu entre o século XII e o século XVI. A História do Mali está intimamente ligada ao Alto Níger, já que foi nessa região que nasceu o Império Mali, no século XII. Este império foi fundado pelo povo Mandinga sobre os escombros do reino Soninke do Gana, passando, a partir de então, a controlar a vasta rede de rotas comerciais, sobretudo do ouro. O processo de independência do Mali tem a sua origem em 1946, quando foram criados partidos políticos para pertencerem à Assembleia Territorial entretanto formada, destacando-se, desde o início, o Partido da Assembleia da União Africana Democrática (US-RDA), assim como o seu líder, Modobo Keita. A 24 de novembro de 1958, o território passou a denominar-se República Sudanesa, constituindo um Estado autonomo na comunidade francófona e juntando-se, a 10 de janeiro de 1959, ao Senegal para formar a Federação do Mali sob a presidência de Modobo Keita. Finalmente, a 22 de setembro de 1960, o congresso do US-RDA proclamou a independência da República do Mali, sendo Modobo Keita o seu primeiro presidente.
O Mali tem, nas suas regiões mais a sul, as áreas de maior atividade humana, já que o Norte do país faz parte do Sara. É nestas regiões, mais precisamente nos vales dos rios Senegal e Níger e seus afluentes que, por exemplo, a agricultura,o mais importante setor econômico, é praticada por mais de 80% da população ativa com o objetivo de assegurar a subsistência. Os esforços governamentais para a evolução deste setor têm sido infrutíferos, devido aos constantes períodos de secas, bem como ao baixo nível de tecnologia disponível. A indústria também não se encontra em melhor estado, pois baseia-se em pequenas empresas de transformação de produtos agrícolas, como o arroz ou o algodão. Por outro lado, o Mali possui uma atividade piscatória bastante considerável, tal é a riqueza de peixe existente nos deltas do interior. Quanto aos recursos mineiros, eles são extensos, embora a sua exploração seja mínima, o mesmo acontecendo em relação à produção hidroelétrica, situação que poderá melhorar com a construção da barragem do Manantali
Hoje o Mali é um estado pobre e sofrido, como consequência da grande exploração sofrida na época da colonização, há muitos conflitos internos e externos e os poucos recursos que restaram estão inacessiveis a população, porque não há mão de obra nem meios disponiveis.
Mais informações sobre o Mali :
http://www.infoescola.com/africa/imperio-mali/
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/06/historia-do-mali.html
http://www.infopedia.pt/$mali